quarta-feira, 16 de março de 2011

Atividade - Poesia Matemática - caça-palavras - Imprima e divirta-se

Poesia Matemática
Millôr Fernandes


Às folhas tantas


do livro matemático

um Quociente apaixonou-se

um dia

doidamente

por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável

e viu-a do ápice à base

uma figura ímpar;

olhos rombóides, boca trapezóide,

corpo retangular, seios esferóides.

Fez de sua uma vida

paralela à dela

até que se encontraram

no infinito.

"Quem és tu?", indagou ele

em ânsia radical.

"Sou a soma do quadrado dos catetos.

Mas pode me chamar de Hipotenusa."

E de falarem descobriram que eram

(o que em aritmética corresponde

a almas irmãs)

primos entre si.

E assim se amaram

ao quadrado da velocidade da luz

numa sexta potenciação

traçando

ao sabor do momento

e da paixão

retas, curvas, círculos e linhas sinoidais

nos jardins da quarta dimensão.

Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana

e os exegetas do Universo Finito.

Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.

E enfim resolveram se casar

constituir um lar,

mais que um lar,

um perpendicular.

Convidaram para padrinhos

o Poliedro e a Bissetriz.

E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro

sonhando com uma felicidade

integral e diferencial.

E se casaram e tiveram uma secante e três cones

muito engraçadinhos.

E foram felizes

até aquele dia

em que tudo vira afinal

monotonia.

Foi então que surgiu

O Máximo Divisor Comum

freqüentador de círculos concêntricos,

viciosos.

Ofereceu-lhe, a ela,

uma grandeza absoluta

e reduziu-a a um denominador comum.

Ele, Quociente,

Percebeu que com ela

não formava mais um todo,

uma unidade.

Era o triângulo,

tanto chamado amoroso

Desse problema ela era uma fração,

a mais ordinária.

Mas foi então que Einstein

descobriu a Relatividade

e tudo que era espúrio passou a ser moralidade

como aliás em qualquer sociedade.


Texto extraído do livro "Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954.

Encontre no diagrama as palavras que aparecem em destaque na poesia matemática.
As palavras estão em todos os sentidos.
Fique a vontade, deixe seu comentário.

terça-feira, 15 de março de 2011

Vamos dobrar um coração? (nível básico)

Use uma folha de 4 x 1 ou qual cor e tamanho desejado desde que seja proporcional ao citado anteriormente.

domingo, 13 de março de 2011

Teorema de Pitágoras e o Origami


O origami e o teorema de Pitágoras


Utilize uma folha quadrada e siga as instruções até o final ( obs: não recortar) para fazer uma demonstração simples do Teorema de Pitágoras, conforme as instruções.



1. Numa folha quadrada, dobre e desdobre as duas diagonais e mediatrizes. Depois, dobre dois triângulos (cantos) para trás.



2. O triângulo x é um triângulo retângulo. Após as dobras, foram construídos dois quadrados sobre os catetos (b e c) desse triângulo. Antes de dobrar os outros dois cantos para trás, note que cada quadrado (amarelo) pode ser decomposto em dois triângulos exatamente iguais ao triângulo x.



Se recortamos e transportarmos esses quatro triângulos (amarelos) para a hipotenusa (a) do triângulo x, produziremos um quadrado com lados iguais a ela.





No caso do origami, evitamos o recorte e, ao dobrar os dois últimos cantos para trás, produzimos um quadrado de lado igual à hipotenusa do triângulo x.





Portanto, podemos afirmar que: b2 + c2= a2
(http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/origami/origami-na-escola6.php)


Minha sugestão:

Aproveite este quadrado que já está com as dobras vincadas, assista o video 1 nesta pagina e dobre um sapo que salta num giro de 360º.

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